quinta-feira, novembro 11, 2010

Texto para livros ilustrados?

Durante algumas discussões com amigos ilustradores, surge a pergunta — Podemos pensar em criar textos específicos para livros ilustrados? Ou para picture books? Nas entrevistas com autores estrangeiros, eu li vários depoimentos que poderiam responder a essa pergunta.
Helme Heine (autor ilustrador alemão), disse que num picture book a imagem tem que ser forte como num teatro Kabuki e o texto suscinto como num haikai.
Chihiro Iwasaki (autora japonesa de ehon, 1918-1974) disse que gosta de contos com textos enxutos como numa poesia e que deixam espaço para a imaginação, sem demasiada descrição, de que forma a princesa se veste, qual a sua feição e outros detalhes. Se entrar uma velhinha andando devagar, prefere que essa situação não esteja totalmente fechada. Mas ela acrescentou que, mesmo tendo descrição, alguns contos de Andersen a instigam muito. Desenhou várias vezes a menina dos fósforos, as princesa, as bruxas, e por mais que desenhasse, o prazer de continuar a tentar outras formas se mantinha.
Quando o ilustrador é o autor do texto, durante a própria construção, pode-se cortar palavras, ou alterar imagens. E escrever consciente de que esse livro será ilustrado? Em países onde o picture book é uma tradição, isso parece ser uma prática comum. Susan Varley, autora de Badger's Parting Gifts, comentou que um profissional da área, criou os textos para as histórias vividas por seus personagens.
E, no Japão, existem muitos escritores que conhecem bem a linguagem do ehon (picture books) e escrevem para esse fim. Acredito que a revista Kodomo no Kuni, iniciado na década de 20, tenha dado um impulso nesse sentido.
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2 comentários:

Prô Débora disse...

Boa Tarde!
Somos alunos do 5º ano da rede particular da cidade de Santo André! Acabamos de ler Lin e o outro lado do bambuzal! Amamos!

Um abraço!
Alunos do 5º ano

Lúcia Hiratsuka disse...

Olá,
um beijo grande pra todos.
Lúcia