quinta-feira, abril 17, 2008

Sobre "Os livros de Sayuri"


Essa história se passa no interior de São Paulo, durante a segunda guerra. Apesar de ser uma ficção, minha mãe me ajudou muito com os seus depoimentos, tanto para escrever, como para ilustrar.
Soube que alguns lampiões eram improvisados com garrafas, os colchões eram feitos de palha de milho desfiado.
E eu, que me lembrava de ter brincado com latinhas vazias, caixinhas, vidros, pensei em colocar a personagem brincando assim. Mas, nessa época, esses objetos eram preciosidades para quem morava no sítio, usados como utensílios. Quando iam para a roça, minhas tias levavam o almoço numa latinha de manteiga.
Brinquedo? Folhas, sementes, sabugos de milho... Afinal, imaginação nunca faltou.

3 comentários:

Lígia Pin disse...

POis é... estou super curiosa para ver o rpoduto final!
Eba!

Renata Nakano disse...

"Imaginação nunca faltou", já dizia o Walter Benjamin ; )

Ana Paula disse...

Lúcia, indescritível a minha alegria por ter encontrado a autora do livro que amamos quando primeiro o conhecemos na biblioteca da escola e depois a vontade de tê-lo, o nosso, fez-nos ir a livraria comprá-lo!
Meus filhos se emocionaram com a história. Eu tenho delicadamente guardado o barulhinho dos bichinhos da seda.
Um beijo!